José Wilker foi ator, dramaturgo e diretor, sempre demonstrou seu amor pela sétima arte e foi um dos principais nomes de sua geração, que dedicou mais de 40 anos de carreira à TV, ao teatro e ao cinema, nasceu em Juazeiro do Norte, mas ainda criança se mudou com a família para o Recife. A mãe, Raimunda, era dona de casa. E o pai, Severino, um caixeiro viajante.

Sua primeira participação no cinema foi no filme A Falecida em 1965. Estrelou Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), um marco no cinema nacional, na pele de Vadinho. Wilker participou de filmes como Bye Bye Brasil (1979).

Na TV, estreou em 1971 na novela ‘Bandeira 2’. Despontou como o Mundinho Falcão, o mocinho de ‘Gabriela’ (romance de Jorge Amado, em 1975.). Em 1985, foi Roque Santeiro, de Dias Gomes. Interpretou Giovanni Improtta, em ‘Senhora do Destino’ (2004).

Cinéfilo inveterado, foi crítico de cinema na TV Cultura, insuperável, marcou uma geração, fazendo as críticas sobre a cerimônia da maior premiação do cinema mundial, o Oscar, dono de um humor sagaz, e de comentários precisos, durante a transmissão da qual participou entre 2005 e 2014.

Como escritor, ele lançou em 2010 o livro “Este Não é um Livro Sobre Cinema”. Entre 2003 e 2008, Wilker foi diretor-presidente da Riofilme.

O último filme do ator foi “Isolados”, com roteiro da filha Mariana Velmond.

Wilker morreu em 2014, suas filhas Mariana e Isabel doaram um acervo de mais de 18 mil itens para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

“A crítica é parte do processo de criação, eu só tenho a ganhar lendo críticas”

José Wilker

A cada edição do Festival Internacional de Cinema de Paraty, o prêmio da critica será representado pelo troféu José Wilker.